Tipo de Estabelecimento | Dupla | Estadual | Municipal | Total |
---|---|---|---|---|
Hospital Geral | 0 | 0 | 1 | 1 |
Posto de Saúde | 0 | 0 | 1 | 1 |
Central de Regulação do Acesso | 0 | 0 | 1 | 1 |
Central de Gestão em Saúde | 0 | 0 | 1 | 1 |
Centro de Saúde/Unidade Básica | 0 | 0 | 8 | 8 |
Clínica/Centro de Especialidade | 0 | 0 | 1 | 1 |
Centro de Atenção Psicossocial | 0 | 0 | 1 | 1 |
Total | 0 | 0 | 14 | 14 |
Natureza Jurídica | Municipal | Estadual | Dupla | Total |
---|---|---|---|---|
Administração Pública Municipal | 14 | 0 | 0 | 14 |
Entidades Empresariais | 0 | 0 | 0 | 0 |
Total | 14 | 0 | 0 | 14 |
Concórdia do Pará apresenta uma rede totalmente pública e municipalizada de estabelecimentos de saúde, o que indica forte compromisso do poder público municipal com a gestão direta dos serviços de saúde. A existência de oito Centros de Saúde ou Unidades Básicas de Saúde é relevante, pois reforça o foco em Atenção Primária, fundamental na organização de um sistema de saúde eficiente e na promoção da cobertura universal. Além disso, o município dispõe de estruturas complementares importantes, como Central de Regulação e Centro de Atenção Psicossocial, qualificando sua capacidade de coordenação e atenção integral à saúde.
Apesar do esforço municipal na estruturação dos serviços, há deficiência observável na diversidade e complexidade da rede, notadamente a ausência de integração estadual ou de gestão compartilhada entre entes federativos. Além disso, a concentração de toda a estrutura sobre a administração municipal pode acarretar limitações de financiamento e sustentabilidade a longo prazo. A inexistência de entidades empresariais e da assistência via serviços terceirizados pode limitar o atendimento nos casos de média e alta complexidade, principalmente em períodos críticos como a pandemia da COVID-19.
Recomenda-se o fortalecimento das parcerias intergovernamentais com instâncias estadual e federal, visando ampliação da cobertura assistencial e diversificação das fontes de financiamento. Além disso, implementar processos de contratualização com prestadores privados pode ser uma saída estratégica para suporte à rede pública em casos de sobrecarga. É importante dinamizar os Centros de Regulação e Gestão existentes, promovendo o uso da tecnologia para otimizar fluxos e garantir acesso apropriado aos diversos níveis de atenção. Programas de incentivo à regionalização e apoio intermunicipal podem ajudar a qualificar ainda mais os serviços ofertados à população.
O cenário apresentado reflete um município que assumiu plenamente a responsabilidade por sua rede física de saúde, totalizando 14 estabelecimentos sob gestão pública municipal. Esse modelo pode imprimir maior agilidade e adaptabilidade às políticas locais, como foi necessário durante a crise da COVID-19. Contudo, para garantir a sustentabilidade dessa estrutura no médio e longo prazo, é fundamental diversificar instrumentos de gestão e buscar apoio e sinergia com demais entes e setores, inclusive privados, de forma planejada e regulada.