| Tipo de Estabelecimento | Dupla | Estadual | Municipal | Total |
|---|---|---|---|---|
| Hospital Geral | 0 | 0 | 1 | 1 |
| Posto de Saúde | 0 | 0 | 1 | 1 |
| Central de Regulação do Acesso | 0 | 0 | 1 | 1 |
| Central de Gestão em Saúde | 0 | 0 | 1 | 1 |
| Centro de Saúde/Unidade Básica | 0 | 0 | 8 | 8 |
| Clínica/Centro de Especialidade | 0 | 0 | 1 | 1 |
| Centro de Atenção Psicossocial | 0 | 0 | 1 | 1 |
| Total | 0 | 0 | 14 | 14 |
| Natureza Jurídica | Municipal | Estadual | Dupla | Total |
|---|---|---|---|---|
| Administração Pública Municipal | 14 | 0 | 0 | 14 |
| Total | 14 | 0 | 0 | 14 |
A estrutura da rede física de saúde do município de Concórdia do Pará no ano de 2023 apresenta indicadores relevantes de organização dos serviços sob gestão municipal. É notável a presença de uma diversidade mínima de tipos de estabelecimentos essenciais para a Atenção Básica, como os oito Centros de Saúde/UBS. Também se observa a existência de serviços importantes como a Central de Regulação do Acesso e Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), contribuindo para uma estrutura primária e de apoio à saúde mental e logística de atendimentos. Além disso, toda a rede sob responsabilidade jurídica da Administração Pública Municipal reforça o comprometimento do município com a oferta dos serviços SUS.
Apesar da presença de unidades básicas e serviços de regulação, o município apresenta uma limitação significativa na diversidade de serviços de média e alta complexidade. Não há estabelecimentos estaduais ou de natureza jurídica diversificada, o que pode sobrecarregar a gestão municipal. A ausência de hospitais de maior porte, maternidades ou unidades especializadas pode dificultar a resposta local a situações mais complexas, especialmente em contextos de emergências sanitárias, como observado durante a pandemia de COVID-19. A falta de clínicas especializadas e serviços ambulatoriais também indica fragilidade nas ofertas de atendimento especializado no município.
Recomenda-se o fortalecimento da articulação com os níveis estadual e federal para qualificação dos serviços de média e alta complexidade. Seria de grande benefício a instalação de polos regionais com gestão compartilhada ou a utilização de consórcios para facilitar o acesso a especialidades médicas. É fundamental o investimento em parcerias para implantação de ao menos um centro de imagem ou unidade de pronto atendimento melhor estrutura, além de fomentar a capacitação da força de trabalho e integração dos serviços via informatização. A integração com redes de telemedicina e atenção especializada também pode ampliar o acesso da população aos cuidados além da Atenção Básica.
O relatório evidencia uma estrutura de saúde municipalizada, focada prioritariamente na Atenção Básica. Esta concentração municipal se mostrou vital durante o combate à pandemia de COVID-19, que exigiu adaptação dos serviços locais. No entanto, o cenário atual demanda uma ampliação da capacidade instalada para além da atenção básica, considerando o aumento das demandas represadas pela pandemia e os desafios crônicos da região em relação à atenção especializada. Faz-se necessário adotar uma postura coordenada com outras esferas de governo para garantir a integralidade do cuidado à população.