Execução Orçamentária e Financeira - 2023
Concórdia do Pará - PA | 2º Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior

Despesas por Subfunção e Categoria Econômica

Subfunções Corrente Capital Subtotal Percentual
301 - Atenção BásicaR$ 6.771.798,30R$ 57.957,00R$ 6.829.755,3052,36%
302 - Assistência Hospitalar e AmbulatorialR$ 3.781.181,53R$ 0,00R$ 3.781.181,5328,99%
303 - Suporte Profilático e TerapêuticoR$ 0,00R$ 0,00R$ 0,000,0%
304 - Vigilância SanitáriaR$ 0,00R$ 0,00R$ 0,000,0%
305 - Vigilância EpidemiológicaR$ 354.810,81R$ 0,00R$ 354.810,812,72%
306 - Alimentação e NutriçãoR$ 0,00R$ 0,00R$ 0,000,0%
Outras SubfunçõesR$ 1.804.757,21R$ 272.558,22R$ 2.077.315,4315,93%

A análise das despesas por subfunção evidencia que a maior parte dos recursos foi destinada à subfunção "301 - Atenção Básica", com um percentual de 52,36%. A "302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial" também recebeu significativa alocação orçamentária, representando 28,99% das despesas totais. Juntas, essas duas subfunções concentram mais de 80% do orçamento da saúde municipal no período analisado.

A "Vigilância Epidemiológica" apresenta um percentual ainda discreto de 2,72%, enquanto outras áreas e subfunções como "Suporte Profilático e Terapêutico", "Vigilância Sanitária" e "Alimentação e Nutrição" não registraram despesas no quadrimestre, o que pode indicar ausência de programação ou execução financeira nesses setores.


Totais por Categoria Econômica

Categoria Econômica Total Percentual
CorrenteR$ 12.712.547,8597,47%
CapitalR$ 330.515,222,53%

Observa-se que 97,47% das despesas foram classificadas como Corrente, refletindo o custeio de ações e serviços contínuos da saúde, como salários, medicamentos e contratos. Menos de 3% das despesas foram destinadas ao investimento (capital), o que pode indicar baixa ampliação ou renovação da infraestrutura de saúde no período.

Esse cenário demonstra uma forte ênfase na manutenção das atividades rotineiras da saúde, sendo necessária atenção para o equilíbrio entre despesas correntes e investimentos para garantir a sustentabilidade e evolução dos serviços oferecidos à população.

Despesas por Fonte

Fonte Valor Percentual
Recursos Ordinários - Fonte LivreR$ 2.545.084,6319,51%
Receitas de Impostos e de Transferência de Impostos - SaúdeR$ 2.572.810,1619,73%
Transferências Fundo a Fundo de Recursos do SUS provenientes do Governo FederalR$ 7.922.289,3160,74%
Transferências Fundo a Fundo de Recursos do SUS provenientes do Governo EstadualR$ 0,000,0%
Transferências de Convênios destinadas à SaúdeR$ 2.878,970,02%
Operações de Crédito vinculadas à SaúdeR$ 0,000,0%
Transferências da União - inciso I do art. 5º da Lei Complementar 173/2020R$ 0,000,0%
Royalties do Petróleo destinados à SaúdeR$ 0,000,0%
Outros Recursos Destinados à SaúdeR$ 0,000,0%

As transferências do Governo Federal por meio do SUS foram a principal fonte de financiamento da saúde em Concórdia do Pará, representando 60,74% das despesas executadas no período. As receitas próprias do município, através de impostos e recursos ordinários, contribuíram com cerca de 39,24%, reforçando a dependência de transferências federais para a manutenção das ações da saúde.

Fontes como convênios, operações de crédito e outros recursos não apresentaram execução significativa ou não foram utilizadas, o que pode sinalizar limitação das alternativas de financiamento ou necessidade de melhor articulação para captação de recursos externos.


Indicadores Financeiros SIOPS


Participação da Receita Própria Aplicada em Saúde (LC 141/2012)

No contexto do 2º Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior, o município de Concórdia do Pará deve atender até o final do exercício financeiro o mínimo constitucional de 15% de aplicação da receita própria em ações e serviços públicos de saúde, conforme previsto na LC 141/2012. A verificação do cumprimento deverá constar no Relatório Anual de Gestão.


Pontos Positivos

O município apresentou significativa aplicação de recursos na Atenção Básica e na Assistência Hospitalar e Ambulatorial, indicando prioridade em áreas fundamentais para a cobertura assistencial da população. Também é positivo o volume expressivo de repasses federais, o que contribui para o equilíbrio das contas públicas na saúde.

Pontos a Serem Trabalhados

Foram identificadas subfunções com ausência de execução orçamentária, como Vigilância Sanitária, Alimentação e Nutrição e Suporte Profilático e Terapêutico. Além disso, as despesas de capital representam percentual muito reduzido do total, indicando necessidade de maior investimento em infraestrutura e renovação tecnológica do sistema de saúde.

Sugestões de Intervenção

É recomendável que o município diversifique suas fontes de financiamento, buscando parcerias e convênios. Deve-se também revisar a alocação de recursos para que áreas como vigilância e nutrição recebam a devida atenção, além de fomentar uma cultura de investimento em equipamentos e estrutura física para modernizar a rede de saúde local.

Análises e Considerações

A execução financeira no quadrimestre revela organização orçamentária voltada para serviços essenciais da atenção básica e hospitalar. No entanto, a ausência de gastos em áreas estratégicas e o baixo índice de investimento em capital apontam para a necessidade de planejamento mais abrangente, capaz de fortalecer todos os eixos da saúde pública municipal.