| Categoria Profissional | Quantidade |
|---|---|
| CBOs Médicos | 15 |
| CBOs Enfermeiros | 21 |
| CBOs (Outros) Nível Superior | 26 |
| CBOs (Outros) Nível Médio | 51 |
| CBOs ACS | 0 |
| Ano | Total de Contratações |
|---|---|
| 2019 | 0 |
| 2020 | 56 |
| 2021 | 87 |
| 2022 | 95 |
O município de Concórdia do Pará apresentou avanços significativos na contratação de profissionais de saúde pelo SUS. Observa-se um aumento contínuo no número de postos de trabalho ocupados por meio de contratos temporários e cargos em comissão entre os anos de 2019 e 2022, passando de 0 para 95, o que reflete um esforço da gestão em ampliar o acesso da população aos serviços de saúde. Em 2023, destacam-se os profissionais de nível médio e superior como principais categorias inseridas na rede, evidenciando a valorização da multidisciplinaridade e da equipe técnica qualificada.
Apesar do crescimento nas contratações, nota-se a ausência de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) contratados sob as mesmas modalidades, o que pode indicar uma lacuna importante na atenção básica, especialmente nas áreas rurais e de difícil acesso. Além disso, a dependência de contratos temporários e cargos comissionados pode comprometer a continuidade e estabilidade dos serviços prestados, gerando fragilidade na estrutura da assistência à saúde municipal.
Recomenda-se ampliar a contratação formal de Agentes Comunitários de Saúde para reforçar o vínculo com a comunidade e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família. Além disso, estratégias de concurso público devem ser consideradas, garantindo estabilidade e continuidade à força de trabalho existente. Investimentos em capacitação permanente e a criação de planos de carreira também são medidas essenciais para qualificar e reter os profissionais de saúde no município.
Ao analisar os dados de Concórdia do Pará em 2023, fica evidente o impacto da pandemia de COVID-19 sobre a estrutura de contratação no setor de saúde. O aumento expressivo das contratações em 2020 e anos subsequentes pode ter sido uma resposta emergencial à crise sanitária. No entanto, é fundamental que a gestão transforme essa resposta imediata em uma política sustentável de fortalecimento do SUS local, garantindo o acesso universal e contínuo à saúde da população.